domingo, 25 de maio de 2014

Carta para um amigo.




Eu só queria que você soubesse, que mesmo que tudo dê errado, eu faço tudo pra estar ao seu lado. Se eu me desencontrar, se a gente não se esbarar mais, te peço que arrume um caminho pra chegar até mim, por que eu estarei fazendo o mesmo. Tenha certeza disso! Juntos encontraremos um caminho pra que essa amizade nunca acabe. A vida muda tanto e tão rápido, mas eu continuo te amando (...). 

Eu não quero mentir e nem quero esconder-lhe nada, sei que tenho te omitido algumas coisas ultimamente. A verdade é que os últimos tempos não tem sido fáceis pra mim, e você deve ter percebido. Não me entenda mal, é apenas meu jeito estranho de levar a vida. Não se preocupe, eu só combinei com Deus de deixar tudo assim, quietinho, até as coisas realmente acontecerem. Quando a poeira baixar a gente senta num barzinho pra conversar tomando aquela velha caipirinha e eu te conto tudo. E eu sei que mais uma vez você vai fazer o papel de meu anjo da guarda! 

Queria poder te dizer que eu presto atenção em tudo que acontece com você. Eu sei que eu não falo muito e alguns coisas passam até despercebido por você e então você pensa que eu te abandonei. Mas não, eu estou sempre contigo, sendo o seu apoio, o seu colo, aquele ombro amigo. Eu conheço você, seus desejos, seus medos e suas feridas, não porque eu saiba de tudo, mas porque a gente viveu e compartilhou muita coisa. 

Lhe desejo toda a felicidade que existe no mundo. Todo sucesso, pois nós sabemos que você é merecedor. Desejo principalmente que Deus te abençoe imensamente que te proteja de todo mal, todo inveja e qualquer sentimento ruim. Que a sua vida seja exemplo de bençãos e amor, que não te falte amor, nunca. Que sempre que você precise tenha um anjo pra olhar por você. Muita saúde e juízo nessa cabecinha. E que Deus nós conceda a graça dessa amizade nunca acaber, afinal foi Ele que consagrou você e eu para sermos bons amigos, num só coração... 

29.06.2013  

domingo, 13 de abril de 2014

Amadurecer é doloroso... (As maças e as mulheres)



...disse à maçã que despencou da árvore. Foi um tombo feio, já que ela ocupava um dos lugares mais altos, da queda restaram os hematomas e algumas certezas.  

Estar no topo é ter que esperar por um árduo tempo até ser colhida, afinal as maças que estão nas galhas mais baixas são mais fáceis de serem pegas e estão sempre ao alcance das mãos. É ter que resistir ao sol e a chuva, as pragas e as picadas que enrijecem cada mais a sua casca. É saber que será uma da ultimas a ser escolhida. E caso a colheita não seja feita antes do amadurecimento, é saber que ira cair de uma altura imensa e sentir a dor do tombo. É ter que aguentar resignadamente até alguém decidir lhe provar mesmo ela estando um pouco machucada, ao solo. É esperar por alguém que suba até o topo ou que lhe queira mesmo depois da queda, que lhe aceite com os hematomas, com as marcas das estações e entenda que o seu amadurecimento não foi um dos mais fáceis e que por isso você deve ser tratada com o mínimo de delicadeza.


Para muitas maças estar entre os galhos mais baixos é sorte, é ter a certeza que será colhida rapidamente, mesmo que seja por qualquer um, é aceitar o que vier. Não é fácil estar no topo. Não é fácil crescer no topo, assim como não é fácil cair do topo. As maças do topo guardam em si as marcas de uma vida, de um ciclo. Nascer, crescer, amadurecer, e resistir até ser colhida.  Resistir às estações ruins e manter o gosto doce, resistir às mordidas não merecidas e se refazer, resistir às pragas e às larvas, não apodrecer por dentro nem por fora, e manter o vigor. Por isso as maças que nasceram no topo nem sempre são as mais atraentes, pois sofreram mais, e tiveram que criar defesas para sobreviver, contudo, são as melhores, as mais vivadas e mais preparadas para ser um bom fruto. As mulheres são como as maças, cabe a cada uma escolher o topo ou a base. E cabe cada homem escolher entre as mais complicadas e as mais fáceis. 

14.04.2014
01.58 AM 

sábado, 12 de abril de 2014

Larari Larara


Ê lelé, eu penso o dia inteiro em você.
Ê lala, onde isso vai parar?
Lelé lala lá, e esse ciúme que eu sinto de você?

Ê lelé tudo que eu escrevo é sobre você.
Ê lala quando você vem me procurar?
Seu cheiro ficou na camisa e ai larari larara...

12.04.2014
10:20 pm

sábado, 22 de março de 2014

Que medo feliz!


Aparecia raramente. E eu, ao vê-lo se aproximar me debruçava em seu peito. Me derramava em desalinho. O meu olhar só faltava cantar: "Eu sou sua menina, viu? Você é o meu rapaz." Mas ele sabia, sabia e usava isso como garantia, como moeda de troca por um carinho, vez ou outra. Tanto fez que me ganhou. Tanto usou que me roubou. Se as 10 ele ligava, as 12 ainda estava feliz. A cada batida do telefone meu coração pipocava, brincava numa montanha russa. Que medo feliz, era o de tê-lo por perto. 

17/04/2013